A Superintendência de Investigações Criminais (SEIC) terá uma batalha
enorme pela frente e deve solicitar até o apoio da Polícia Federal, caso
o Ministério Público mande apurar a participação da quadrilha presa
ontem tentando fraudar o concurso para preenchimento de vagas na PM,
Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, em outros concursos realizados nos
últimos três anos no Maranhão.
O esquema de fraude foi abortado pelo polícia para evitar que
comprometesse o concurso de ontem, do qual participaram mais de 70 mil
pessoas.
Mas como a quadrilha, que permanece presa em Pedrinhas, vem agindo há
alguns anos entre o Pará, Maranhão e Piauí, a polícia já trabalha com a
hipótese de os membros teriam participado de concursos, principalmente
no interior do Maranhão para beneficiar candidatos.
No
concurso de ontem, candidatos pagaram de R$ 7 mil a R$ 25 mil, de
acordo com o cargo que estava sendo disputado. No interior, nos
concursos realizado nos últimos anos, estima-se que os valores variavam
entre R$ 3 mil a R$ 6 mil.
Os policiais da SEIC devem realizar investigações profundas para que
seja desvendado a extensão das fraudes nos concursos realizados em nosso
Estado.
O líder do grupo, Antônio Ferreira Lima Sobrinho, morador da cidade de
Pindaré-Mirim, popularmente conhecido por “Concurseiro”, confessou que
foi aprovado em 30 concursos, sempre nas primeiras posições.
Ele comandou toda o operação de ontem, que acabou frustrada e resultou
na prisão de 32 pessoas, sendo 27 de São Luís e 5 de Caxias, cidade em
que ele iria fazer as provas em nome de outra pessoa.
E só não conseguiu seu intento pelo fato da polícia monitorar os passos de sua quadrilha há mais de 30 dias.
Assim que tem acesso as provas, o líder transmitia as respostas de cada
questão para sua quadrilha, que retransmitia para os candidatos através
de micro celulares.
Os fraudadores, a exemplo do líder, foram presos ainda dentro das salas de aulas, onde estavam sendo realizadas as aprovas.
Como nos últimos concursos da prefeituras do interior e até mesmo de
órgãos aqui da capital não havia fiscalização e nem desconfiança da ação
do grupo, alguns policiais acham que a fraude teve ter rolado solta.
Prova disso é o patrimônio ostentado pelo “Curseiro”, que só compra
carrões importados, a exemplo de um Sonata da Hyundai, ao valor de R$
100 mil e imóveis adquiridos nos últimos dois anos. Ele é apenas
funcionário concursado do IFMA de Santa Inês.
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